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O Centro de Estudos sobre o Direito da Integração Regional da SADC (CEDIR), uma unidade orgânica da Universidade Eduardo Mondlane, em parceria com a Comissão Nacional da SADC e a Cooperação Alemã, estão a formar membros de vários órgãos da Sociedade Civil em matérias de Integração Regional com vista a conferir-lhes as ferramentas necessárias à compreensão do processo para que posteriormente aqueles sirvam de replicadores da informação nas suas esferas de acção.
A decorrer em Maputo desde ontem, 04 de Setembro, com duração de três dias, a formação objectiva essencialmente engajar a sociedade civil no processo, informando-a sobre as vantagens, os processos e os mecanismos que estão a correr de tal forma que não haja o sentimento de exclusão no processo de Integração Regional da SADC.
Espera-se que os formandos sejam dotados de ferramentas que lhes possibilitem a interpretação dos principais protocolos que existem sobre a Integração regional e como estão a ser interpretados em cada país, de tal forma que em função de proveniência de cada elemento da sociedade civil se saiba em que termos estes protocolos estão a ser implementado.

Falando na cerimónia inaugural do evento, o director do CEDIR, Dr. Manuel Guilherme Júnior, explicou que a ideia surge da constatação da exclusão da Sociedade Civil no processo de integração regional de tal sorte que algumas vezes quando se realiza uma cimeira da SADC, há uma outra a realizar-se paralelamente, onde a sociedade civil manifesta as suas aspirações no processo.
"Juntamos na mesma sala vários grupos da Sociedade Civil para discutirmos e capacitar sobre aquilo que tem acontecido sobre o processo porque acreditamos que a inclusão destes actores é uma componente extremamente importante na implementação da agenda da integração regional da SADC", explicou a fonte, acrescentando que enquanto não se informar sobre o que está a acontecer, quais são as vantagens e o que efectivamente se pode aproveitar, haverá espaço para muitos questionamentos. 
No que tange a situação de Moçambique no processo, Júnior explicou que o país avançou significativamente na abertura ao mercado no âmbito do protocolo comercial, facto consubstanciado pela possibilidade de acesso ao mercado regional pelos empresários da SADC.
Quanto ao protocolo de acesso à justiça o académico notou que, não obstante ser um processo inacabado, o aspecto referente a troca de prisioneiros quando detidos num país membro da SADC é uma demonstração inequívoca de que o processo está a acontecer, apesar de ser lento e exigir muita paciência.
Refira-se que esta é a quarta formação que o CEDIR e os parceiros têm levado a cabo à diferentes forças vivas da sociedade como uma estratégia de consciencialização que a Integração Regional não é só problema da elite política ou académica mas sim de todos.